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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Abre aspas

Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade — voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade.

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Entre aspas: Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projecções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos, por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.

 Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
 Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Morro dos Ventos Uivantes

"Dizes que te matei, persegue-me então! A vítima persegue seus matadores, creio eu. Sei que fantasmas têm vagado pela terra. Fica sempre comigo... encarna-te em qualquer forma... torna-me louco! Só não quero que me deixes neste abismo, onde não posso te encontrar! Oh, Deus! é inexprimível! Não posso viver sem minha vida! Não posso viver sem minha alma!" - Heathcliff

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dia #15 - Uma fanfic

 James Potter é auror colocado em Hogwarts como pf. de DCAT. Lily é Monitora Chefe. Juntos, investigam Comensais da Morte entre os alunos, se juntam a Ordem e combatem Voldemort.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dia #14 - Um livro de não-ficção

Dia #12 - Qualquer coisa à sua escolha

Muito e porra nenhuma

Eu gosto de como você se empresta para a minha vontade de sentir de novo. Saio da sua casa feliz porque estava frio e roubei uma blusa com duas respingadas velhas e já lavadas de óleo. 
Eu gosto da sua barriga porque você consegue a santíssima trindade da barriga perfeita: velho, intelectual, sarado. Você tem aquela pele já meio descolada dos ossos e isso me enlouquece. É o vão de quem viveu mais. É o labirinto onde eu fico quando você acha que eu não estou ali. Entre seus ossos e músculos. 
Você é um preguiçoso, espalhado tão elegantemente com as cuecas largas, em seu sofá com almofadas de mocinha. Absurdamente animado com milhões de coisas maravilhosas que você lê ou escuta pela metade, querendo saber tudo ao mesmo tempo pra esquecer mais rápido e de uma vez. Querendo não saciar das coisas, pra caber mais do resto todo que nunca chega. Você tem a noção mais bonita de insuficiência e exagero que já vi. Você tem o desapego pós empolgação menos levado a sério que já vi. Mas isso tudo é escondido pelos seus olhos de desligamento. É quase desinteressante o seu funcionamento, não fosse tão digno de me emprestar um pouco de umidade pra secura que trago da rua. 
Você tem todos os gominhos no lugar como se fosse um garoto de academia. Isso me faz rir embaixo do edredom, olhando a tirinha suicida do meu sutiã que se jogou solitária e antes da hora. Você fez a escolha da vida dos homens desgastados e pra dentro, mas é como se os deuses te mandassem, ainda assim, doses diárias de uma beleza que me surpreende a cada vez que tento te transformar em qualquer coisa da minha tarde. Não precisa pente, banho, esteira, sol, peso, gilete. Você acorda naturalmente com a beleza que eu só tenho, ao acordar, se acordar duas horas antes. 
Eu gosto de você porque são tantos milhões de coisas que você sabe, mas você fritou e não diz nada. Você sabe tanto que tem preguiça. Eu percebi que minha ansiedade é a típica da garota boba que leu nove livros, sabe de sete músicas, viu quatro filmes, conhece dois lugares e acha que ainda ama um homem. Quem sabe mesmo, nem começa a dizer. É tanto que dá preguiça. Seria uma vida a dizer mas você já esqueceu ou dormiu no meio. Você precisa sim da sua biblioteca que dá cinco voltas no teto pra ser amado. Mas precisar disso te enche da vontade deliciosa de deixar o que a gente precisa pra lá. 
Você faz com você o que faz com todos os livros. Para na metade. Assim sobra tempo de assassinar minha roupa e depois dormir enquanto eu conto os pedaços pela casa. Meus e das minhas histórias. 
Então eu gosto de você, de novo, porque não falamos nada. Você porque dormiu de novo ou quer demais. Eu porque quero de novo ou dormi demais. Você porque sabe muito. Eu porque não sei porra nenhuma. 
E o portão enorme de vidro se fecha com você meio curvado, malditas costas. Faz minha vigília até o carro como um pai e isso me dá vontade de voltar. Parece errado, mas pra mim, pros defeitos que me formaram e por isso mesmo é só o que posso sentir quando sinto sem script, sinto que as plantas estão onde deveriam. E meu carro, e tudo. Se encaixa. Eu sou o senhor cabeça de batata esperando seu bigode encaixar em mim pelas mãos das crianças que nunca deixam de brincar com os velhos brinquedos de verdade. De novo, levando a pureza bem a sério pra pelo menos existir um pouquinho em meio a tudo isso. E eu, você não sabe como te agradeço, vou escutar música alta no carro e nem reparar que o sinal abriu. 


Tati Bernardi

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dia #02 - Livro favorito

"Uma das armadilhas da infância é que não é preciso se entender para se sentir. Quando a razão e capaz de entender o ocorrido, as feridas no coração já são profundas demais "

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