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sábado, 16 de outubro de 2010

Sweet Child of Mine Part. II

O chão era grudento, cerveja provavelmente, mas agradeci por aquilo, o sapato de salto já começava a machucar meu pé. Eu estava com calor e eu me sentia ligeiramente zonza, efeito do álcool. A mão dele na minha cintura era o único motivo que eu tinha para não me mexer.

Ele ainda cheirava ao desodorante corporal masculino que tinha passado depois do banho, cabelos curtos, barba rala, camisa, calça, all star. Tinha três pedras de gelo no seu uísque.

Ele me beijou - cerveja, calor, três pedras de gelo e uísque.

Seus amigos viraram os rosto na tentativa, inútil, de nos dar um segundo de privacidade. "Quer ir pra casa?" Perguntou. Fiz que não com a cabeça. Ele sorriu.

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Seu carro tinha cheiro de Mcdonalds, milhares de pilhas de lixo ocupavam os bancos traseiros. "Eu vou levar no lava-rápido". Já ouvi isso mil vezes.

- Vamos para onde? - Eu não havia comido nada naquele bar apinhado de gente.

- Eu 'to com fome e com sono - Tirei o sapato, sentir meus pés livres me deu uma enorme sensação de prazer. Coloquei um chinelo. A saia que eu usava era justa, curta e desconfortável, mas bonita. Aproveitei pra tirar a meia-calça que incomodava a minha pele. Sinal vermelho. "Você está me provocando de propósito" Sorri. Demorando mais do que preciso, tirei a meia.

- Você é mesmo uma diabinha - Pequenas linhas de energia elétrica correram sobre meu corpo quando sua mão deslizou sobre minha coxa. Sinal verde.

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A luz do sol e seu calor invadiam o quarto. Não me lembrava de como tinha chegado até o quarto ou como tinha trocado de roupa, mas estava feito. Aquele quarto já era muito conhecido por mim, a cama sempre bagunçada, o guarda roupa espelhado, o armário cheio de livros e o criado mudo sempre cheio de bagunças.

Ele estava deitado do meu lado. Às vezes eu me perguntava se era certo estar ali, e estar com ele. Provavelmente não. Um relacionamento tão fadado a dar errado, vivido sobre mentiras e mais mentiras, e nós dois - tão ridiculamente paradoxos – não fazia sentido estarmos juntos, mas naquele momento, com ele deitado ao meu lado - o sol batendo em suas costas nuas, seu semblante calmo e seu braço ao meu redor – eu deixava de me importar com tudo e até chegava a acreditar que "aquilo" poderia dar certo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sweet Child of Mine Part. I

Atualizada
Acordar depois de um sonho sempre é difícil, mas acordar depois do melhor sonho que você jamais pensou em ter é horrível. E você foi exatamente isso – um sonho. Seu sorriso, sua voz, seu abraço, seu cheiro e suas palavras, suas malditas palavras que me enganaram tão bem durante tanto tempo. E mesmo depois de um ano eu ainda sinto o seu cheiro nas minhas roupas, eu ainda consigo ver as marcas das suas digitais na minha pele. E o pior de tudo é que eu ainda sinto borboletas no estômago só de lembrar tudo que vivemos.


“– Quem? – Perguntei. O cigarro dele estava meio caído no lado da boca. Ele inclinou a cabeça para acendê-lo - É uma banda de uns amigos meus, eles fazem uns covers de Guns N’ Roses, Elvis, Beatles, são bem ecléticos.

 Ele soprou a fumaça na minha direção e eu sabia que minhas roupas ficariam com aquele cheiro de menta e que eu teria que lavá-la antes que minha mãe a visse.

- Qual o nome da banda? - Demorando dois segundos a mais ele respondeu "The Butter Socks" - Você esta me chamando para ir em um show de uma banda que se chama "As meias de manteiga"?. For god sake Giovanni - Ele riu. Eu sabia que iria concordar, mas gostava de te vê-lo sorrindo desse jeito – querendo me convencer.


 - Sim? – Pediu. Ele se levantou da cadeira e veio até mim. Sentir seus braços na minha cintura e sentir a barba de três dias roçando no meu ombro era a melhor sensação do mundo. “Sim” respondi. Ele me girou em seus braços e, sem ter tempo de reclamar sobre os pingos d’água no chão, me beijou. E quando eu estava sendo levada na direção daquele sofá horrível eu já sabia: aquele era o fim da minha sanidade. (...)"

Continua...

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