Ela olhou tão atentamente para ele, como se quisesse memorizar cada traço de seu rosto, do seu sorriso contido, seu olhar dominante e sua expressão calma.
Ela respirou fundo e se conteve para não dar a resposta certa, a que provavelmente seria a mais dolorosa.
- Sim – Foi curto, rápido e muito simplista para alguém tão complicado.
Ele tirou um maço de Lucky Strike bolso e um cigarro do maço. Ele colocou o cigarro na boca e acendeu com o isqueiro. Ela maneou a cabeça para o lado de uma forma cansada e tão conhecida. “Que um?” ele perguntara.
- Eu vivi todo esse tempo sem você, portanto, não é agora e nem por isso que vou morrer – Ele não se assustara, sabia bem disso e concordava piamente com cada palavra. E ainda assim segurou a mão dela sobre a mesa.
Algo tão machucado, tão ridiculamente paradoxo e ainda assim tão apreciado em sua extensão.
Por: Thays Rufino
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